Apresentação

Após me tornar católico, passei a conhecer, além dos que já conhecia, uma grande quantidade de católicos empenhados em preservar sua fé. Alguns deles me indicaram um mosteiro onde monges piedosos estão a construir uma igreja, e onde também se reza a Missa Tridentina. Lá conheci católicos incríveis. Também conheci o pe. Jahir. Para a preparação do meu batismo, ele me passou para ler o Catecismo Escolar e Popular do prof. P. Spirago, do qual li. Ao devolver, ele mandou eu reler (rsrs). Como normalmente reler um livro se torna monótono para mim (por mais interessante que seja, como é o caso desse catecismo), resolvi digitá-lo aos poucos. Não só para memorizar melhor os ensinos, mas para compartilhar com mais pessoas esse catecismo.

Como ele é bem antigo (a primeira edição é de 1902), as palavras do português não são as mesmas dos tempos atuais. Dessa forma, trocarei as palavras antigas por sinônimos atuais (em alguns casos aparenta mais algo como uma tradução!).

Espero que gostem, assim como eu, do ensino desse catecismo. Ele ensina o que a Igreja crê desde os séculos.

É claro que um catecismo não pode e nem vai substituir a Bíblia em ensino e valor. No entanto, ele serve como um professor, ou, no caso dos catequistas, um auxiliar. Isso ajuda a manter um ensino único, diferente das várias interpretações da Bíblia. Ora, a verdade é uma só, e não várias porções contraditórias.

Espero que além de ler o que digitar (que por conta de algumas tarefas cotidianas talvez tenha momentos em que demore de colocar uma nova parte), você também possa divulgar aos amigos, ou em sua página na internet.

Este layout é temporário. Pretendo modificá-lo enquanto digito e tenho mais idéias.

Em Cristo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

1 – O catecismo.

 1.    O que é o catecismo?

O catecismo é um livro que, com precisão e clareza, nos informa sobre o que devemos saber e fazer para entrarmos no céu.

O catecismo é como um indicador de estrada; aponta o rumo do céu. É como uma jóia; pequenino, mas precioso. Um pregador de renome gostava de levar o catecismo consigo ao púlpito, e de lá assim falava ao povo: “Vede este livrinho: minúsculo, mas de ouro! Ele encerra todos os tesouros da sabedoria!”


2.    A que pergunta capital responde o catecismo?

O catecismo responde a seguinte pergunta capital: Por que estamos na terra?

2 – O destino do homem

3.    Para que estamos na terra?

Estamos na terra para glorificar a Deus e conseguir, com isto, a eterna bem aventurança.

O universo inteiro, e portanto também o homem, foi criado por Deus sobretudo para a sua própria glorificação. O universo é destinado a manifestar a onipotência, a sabedoria, a bondade, a beleza, numa palafra: a majestade de Deus. Tudo quanto vejo parece-me clamar: Ó Deus, como sois grande, como sois belo! Ora, sendo o homem uma criatura dotada de inteligência e livre arbítrio, cabe-lhe glorificar a Deus livremente; é o que ele faz procurando conhecê-lo, amando-o e honrando-o. (Vejam quais as 3 partes do catecismo). Assim é que o homem conquista a bem aventurança eterna. Assemelha-se, pois, o homem a um criado que, com servir o padrão, ganha o seu ordenado.

4.    Com que palavras nos lembra Jesus Cristo o nosso destino?

Jesus Cristo lembra-nos o nosso destino quando nos diz: “Uma só coisa é necessária”. E “procurai primeiro o reino de Deus e sua justiça, que tudo mais vos será dado em acréscimo”.

A própria estrutura do corpo humano lembra o homem que ele é destinado ao céu; porquanto, ao invés dos irracionais, ele tem o andar ereto e os olhos voltados para o alto. Igualmente as torres das igrejas e todo o estilo das igrejas góticas chamam a atenção do homem para o alto. Sendo, pois, o homem destinado para o céu, ele é na terra mero peregrino e sua vida terrena uma peregrinação. Entretanto, quantos esquecem o seu destino e só cogitam dos prazeres e dos bens da terra! Estes são aqueles convidados que fala o Evangelho, os quais uns por causa da fazenda, outros por causa duma junta de bois, outros por causa das mulheres, deixaram de comparecer ao banquete.

5.    Como adquirimos a eterna bem aventurança?

Adquirimos a eterna bem aventurança pela religião; quer dizer: procurando conhecer a Deus, observando-lhe os mandamentos e fazendo uso dos meios da graça.

A religião consiste, portanto, no conhecimento de Deus, na vida agradável a Deus e no culto divino. A palavra “Religião” deriva-se do latim: religare = ligar; significa, portanto, ligação. De fato a religião prende-nos a Deus. Ela é como uma luz, como uma alavanca, como uma âncora, como um alimento. Por quê? Luz, ela nos clareia o caminho ao céu; alavanca, torna poderosa os mais fracos e capacita-os para as maiores façanhas (Davi contra Golias); âncora, preserva-nos do naufrágio das adversidades da vida, assim como a âncora segura o navio na ventania; alimento, sossega e satisfaz os anseios da alma como o alimento à fome. Santo Agostinho diz de forma bela: “Nosso coração anda inquieto enquanto não repousa em vós, ó Deus!” O homem sem religião se parece com um faminto. – A religião também traz vantagens para o Estado. Dizia o imperador Napoleão I: “Sem religião não se pode governar um povo”. – Erram, pois, os que taxam a religião de coisa secundária ou de negócio particular.

Divisão do catecismo

6.    Do que se trata o catecismo?

O catecismo trata:

1.    Do conhecimento de Deus e da fé.
2.    Dos mandamentos.
3.    Dos meios da graça.

1) Só se chega a um conhecimento nítido de Deus pela fé, que, qual uma luz, nos esclarece a inteligência. A fé é astro luzente; dá-nos a conhecer o Deus vivo. Chama-se, por isto, dogmática ou a doutrina da fé a primeira parte do catecismo. 2) A segunda parte chama-se moral. 3) A terceira parte chama-se: doutrina dos meios de graça, ou doutrina da graça. – O catecismo é comparável a um edifício; suas três partes, aos muros.

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